Verdade seja dita: nunca se falou tanto em previdência. E, pelo visto, o assunto ainda irá render pelos próximos meses. Desde que os pontos da reforma da Previdência Social foram anunciados, a sensação é de que as dúvidas só aumentam.
Os especialistas falam na necessidade de cobrir o “déficit” da Previdência. E se você ainda não buscou informações sobre isso, continue lendo que a gente te explica tudo!
Na contabilidade, déficit ocorre quando as despesas ou pagamentos são maiores que o faturamento. O mesmo acontece no Regime Geral da Previdência Social (RGPS), trata-se da diferença entre o que é arrecadado mensalmente por suas fontes próprias e o montante usado para pagar os benefícios previdenciários.
Em outras palavras, a Previdência Social contará com um número menor de contribuintes e aumento na quantidade de beneficiários, o que irá impactar diretamente em suas despesas e necessidade de financiamento. A previsão é que o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) chegue a R$ 230 bilhões até o final deste ano, considerando os trabalhadores do setor privado, do setor público e as pensões militares. Para você ter uma ideia, isso equivale a 3,46% do PIB (Produto Interno Bruto).
Aí, você pode se perguntar: como ninguém nunca pensou em algo para evitar que o déficit aumente? Na verdade, essa discussão é bem antiga. Há décadas, governo e especialistas destacam a necessidade de uma ampla reforma da Previdência Social para corrigir o desequilíbrio cada vez maior entre o que ela arrecada e gasta. Algumas mudanças no sistema dificultaram o acesso aos benefícios, mas a conta ainda não fecha.
Expectativa de vida x Déficit da Previdência
Não tem como negar: o aumento da expectativa tem relação direta com o déficit da Previdência. Estamos vivendo mais e, consequentemente, passamos mais tempo recebendo aposentadoria, o que aumenta os gastos do INSS. Atualmente, para cada 11 idosos você tem 100 pessoas em idade ativa (contribuindo para a Previdência). Em 2060, serão 44 idosos para o mesmo número de pessoas.
Para que o sistema seja sustentável, é preciso ter mais gente contribuindo que pessoas recebendo. Isso acontece porque nosso regime de previdência é de repartição simples: quem está na ativa sustenta o benefício de quem já está fora do mercado, por meio de um pacto de gerações.
Vale lembrar que a conta do déficit da Previdência é paga por toda sociedade, com recursos obtidos por meio da arrecadação de impostos. No futuro, os gastos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para pagar todos benefícios, podem chegar a 17% do PIB, pelos cálculos dos especialistas.
Enquanto nada disso se resolve, o melhor a fazer é cuidar do seu futuro! Como andam suas contribuições para o seu plano de previdência complementar? Ele sim é garantia de uma aposentadoria mais tranquila!
Ainda tem dúvida sobre o tema? Deixa sua pergunta nos comentários!