Se você tem um bom nível de renda e um estilo de vida confortável, talvez nem pense em aposentadoria. Apesar de essa ser a situação de milhares de brasileiros, ela precisa mudar. Caso contrário, sua qualidade de vida cairá muito no futuro.
Pelo menos é isso que aponta um estudo da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Segundo a pesquisa, pelo menos 48% dos brasileiros deverão depender exclusivamente do INSS depois de atingirem a terceira idade.
Diante da atual circunstância, em que o governo alega déficit na Previdência e será inevitável uma reforma no regime geral de previdência, o recomendado é se preparar para qualquer imprevisto. Por isso, vamos explicar melhor esse contexto e indicar o que você pode fazer para assegurar uma boa remuneração após os 60 anos.
O futuro da aposentadoria
O estudo da FenaPrevi foi realizado com 67 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar do Brasil. Os resultados foram os seguintes:
- 43% dos brasileiros acreditam que a Reforma da Previdência é necessária no futuro, mas 38% acham que é desnecessário haver uma reestruturação;
- 48% das pessoas dizem que dependerão totalmente do INSS após se aposentarem e outros 28% informaram que serão altamente dependentes do sistema público;
- 18%, apenas, consideram que teriam baixa dependência da Previdência Social e somente 3% teriam nenhuma necessidade;
- 38% dos brasileiros têm recursos para uma reserva complementar, mas 55% não souberam responder.
- Ao compilar esses dados, fica claro que a maioria das pessoas quer se aposentar cedo, aos 60 anos. Mas poucos pensam em maneiras de se preparar para o futuro.
Afinal, 43% responderam que pretendem continuar trabalhando para complementar o valor pago pelo INSS e outros 18% disseram que reunirão recursos financeiros em previdência privada, poupança e outras fontes de renda.
As principais preocupações dos brasileiros
Apesar de não atentar-se muito ao futuro, o levantamento feito pela FenaPrevi destacou que existem algumas preocupações no período de aposentadoria. Para a maioria dos entrevistados (57%), o principal problema são os gastos com remédios.
O restante das aflições são:
- plano de saúde: 48%;
- segurança: 36%;
- educação dos filhos: 26%;
- moradia e aluguel: 24%;
- lazer: 5%;
- vestuário: 2%.
Devido a esses aspectos, fica evidente que é preciso pensar em uma alternativa ao INSS. É aí que surge a importância da previdência complementar.
A preparação para a aposentadoria
Os brasileiros devem considerar fazer um plano de previdência privada para garantir sua qualidade de vida no futuro. A ideia é ter uma alternativa para o futuro e complementar o valor que pode ser pago pelo INSS.
Uma vantagem é poder escolher o valor que contribuirá e qual será a periodicidade dos repasses. Por isso, você consegue ajustar à sua remuneração atual, sem comprometer seu orçamento e seus objetivos já determinados.
Apesar disso, apenas 38%, segundo a pesquisa da FenaPrevi, estão dispostos a poupar parte do salário para o período que deixarem de trabalhar.
Os tipos de previdência complementar
As duas opções existentes são:
- Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL): é mais indicado para pessoa de renda alta para abater o montante no Imposto de Renda, desde que corresponda a até 12% da remuneração bruta anual. No saque, há o pagamento do imposto relativo à soma total guardada.
- Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL): é impossível fazer seu abatimento do Imposto de Renda. Porém, o tributo incidente no saque é referente exclusivamente aos rendimentos.
Em simulação realizada pela Brasilprev, e divulgada pelo Uol, um investimento único de R$ 30 mil possibilitará o saque dos seguintes valores depois de 30 anos:
- valor bruto: R$ 285.632,61;
- valor líquido com tributação progressiva: R$ 219.749,94;
- valor líquido com tributação regressiva: R$ 258.953,95.
Se o mesmo montante for aplicado por 20 anos, com a opção de renda temporária, o resultado será o seguinte:
- valor bruto: R$ 1.266,86 por mês;
- valor líquido com tributação progressiva: R$ 1.266,86;
- valor líquido com tributação regressiva: R$ 1.152,62.
Como você pôde perceber, por mais que os brasileiros desconsiderem sua aposentadoria, você deve começar a pensar nesse período da vida agora mesmo. Então, que tal rever suas finanças e fazer um plano de previdência complementar?
Caso tenha ficado com alguma dúvida, deixe seu comentário!